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quarta-feira, 20 de março de 2019

Celeste de Brito pode ter falsificado carta do Vice-Presidente

A ex-directora do Gabinete Jurídico da extinta Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), Sílvia Fernando, afirmou ontem, em tribunal, que Celeste de Brito apresentou-lhe uma carta de chamada supostamente subscrita pelo Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, o que foi negado pela acusada, noticiou a Angop.

Arrolada como testemunha no julgamento do caso “Burla Tailandesa”, a pedido do Ministério Público (MP), Sílvia Fernando esclareceu que a carta lhe foi apresentada no primeiro encontro que teve, na UTIP, com a ré Celeste de Brito.
Tratou-se de um encon-tro durante o qual o grupo de tailandeses manifestou a intenção de investir no país. Este facto contradiz com as declarações de Celeste de Brito proferidas na sessão de julgamento de 30 de Janeiro, em que negou ter falsificado tal documento.
Caso se confirme, a ré Celeste de Brito poderá ser acusada de prática de crimes de falsificação de documentos, além de burla por defraudação, associação de malfeitores e branqueamento de capitais.
De acordo com a acusação do MP, na altura, ao forjar a assinatura do Vice-Presidente da República, Celeste de Brito, de 46 anos, pretendia facilitar a imigração ilegal dos tailandeses detentores da empresa Centennial Energy Company, Limited, que supostamente investiriam 50 mil milhões de dólares em projectos sociais.
Ao justificar-se durante a audição de 30 de Janeiro, Celeste de Brito disse que se apercebeu do documento depois de ser afastada das negociações para o investimento por altas patentes das Forças Armadas Angolanas (FAA) e responsáveis da UTIP.
O julgamento do caso Burla Tailandesa está na fase de audição de testemunhas.
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