Deste valor USD 923,43 milhões já foram liquidados e representa 56 por cento, de acordo com o director de departamento de Repatriamento de Cambial do BNA, Veloso Pedro.
Os bens alimentares têm um peso de 44 por cento do valor das Cartas de Crédito emitidas pelo Banco Nacional de Angola, para o pagamento no exterior do país.
O regulamento sobre a Carta de Crédito entrou em vigor em Setembro de 2018, através do Aviso 05/2018 de 17 de Julho, para adequar o novo modelo de pagamento na compra de mercadoria no exterior do País.
O responsável, que falava no ciclo anual de palestras sobre Comércio Internacional ao abrigo de Cartas de Crédito, explicou que Setembro de 2018 foi o período em que O BNA disponibilizou mais divisas, ao atingir o valor de USD 516,17 milhões.
Explicou que nem todas as cartas abertas são liquidadas, por cumprir uma série de requisitos, desde a análise de branqueamento de capitais, risco do cliente do ponto de vista do crédito.
As Cartas de Crédito, como instrumento de pagamento, conferem segurança da mercadoria que entra em Angola e uma segurança de capitais que saem do País e correspondam as mercadorias encomendadas.
Acrescentou que o risco de fraude está sempre presente, mas o Banco Central tem instrumentos, instrutivos, directivas e avisos próprios para mitigar as irregularidades.
As estatísticas sobre a emissão das Cartas de Crédito em Angola apontam que 2016 foram emitidas 308 cartas, em 2017 (cinco mil e 537) e em 2018 (11 mil e 162).
Em relação a estes números, explicou que as Cartas de Crédito (CC), sendo um meio de pagamento ao exterior do País, com montantes superiores a USD 100 mil, são obrigatórias, tendo justificado o aumento da abertura CC.
Referiu que os empresários nacionais vão se adequar a este novo contexto que dá primazia às Cartas de Crédito.